Terra, rede, cachorros,

Sol, piscina,

Chuva de verão,

Parentes,

E mais parentes,

Salpicão, chester, panettone,

Amigo secreto,

Presentes,

O Natal na tia Rita era afetivo, nostálgico e previsível,

Mas esse ano tinha algo diferente no ar.


Dentre alguns agregados novos,

Estava a amiga da minha prima Jô, a Babi,

Ela não pegou férias, então não viajou com a família dela e decidiu passar com a gente,

Cabelos ruivos, mais puxados pro vinho, não pro laranja,

Cachos nas pontas,

Tatuagem,

Da minha altura, mas com mais bunda e peito que eu,

Durante o dia 24 quase inteiro vestiu biquíni com uma saída de praia,

Vez ou outra me via observando-a e desejando que a tirasse para admirar aquele corpo.


Tomo um susto toda vez que trombo com ela nos corredores,

Dou um sorriso sem graça,

Colocando um pouco do cabelo atrás da orelha,

E falo qualquer bobagem sobre o tempo, ou coisa assim,

Agindo naturalmente,

Ela também parecia meio sem graça, mas deve ser por não conhecer boa parte da família,

Em algum momento ouço ela conversando com minha prima no quarto,

Sobre mulheres,

Humm... então ela deve gostar de mulheres...

Quem sabe eu tenha chance, não que aqui seja o lugar...


A partir das 19h a agitação começa,

Revezamento nos banheiros, correria na cozinha,

Cheiro dos pratos no forno,

Pessoas se arrumando,

Até que ouço “Oh Ju, sabe aquele sapato vermelho? Mostra pra Babi onde está,

Ela esqueceu o dela e super vai combinar com esse look!”,

Claro, com prazer.


Babi vem em minha direção e vamos até o quarto da minha tia,

Enrolo com conversa boba, sobre a roupa dela e tal,

Entro no quarto e fecho a porta,

Isso não quer dizer nada,

Apenas para os gatos não entrarem lá...

“Se você curte moda, vai amar esse closet, tem cada achado...”

Digo abrindo a porta do closet enorme, com pé direito bem mais alto que nós,

Estou com um vestido curtinho,

Subo num banco e encontro o tal sapato,

“Quer ajuda pra descer?”, ela diz, tenho quase certeza que olhou minha bunda,

Mas nem tentei esconder, era pra ela ver mesmo...

Desço quase em cima dela,

Meus seios encostam nos dela e não tiro os olhos daquela boca,

Enquanto ela também me fita,

Como se fosse em câmera lenta.


“Vê se dá certo em você! Se não der, temos opções de sobra...”,

Ela veste, certamente o sapato ficou ótimo,

Mas ela se levanta, olha no espelho e diz:

“Humm... nada mal, mas acho que outro vai ficar melhor, acho que tem mais aqui...”

Se aproxima de mim enquanto fala,

Eu viro pra trás, quando vejo ela já está a poucos centímetros dos meus lábios,

Nos encaramos por instantes,

E nos beijamos,

Ela tinha perfume de cítrico, sabe? Nada adocicado,

Encosto-a em um lado do closet e deixo minha mão passear pelo corpo mais desenhado que já vi,

Ombros,

Costas,

Quadril,

Glúteos,

Ela não demora pra colocar as mãos na minha bunda também,

Por baixo do vestido,

Me encaixando na perna dela,

Deixo meu desejo comandar e começo a me esfregar na coxa dela,

Logo penso se ela sente minha buceta molhada,

Já que não deve ser difícil de sentir apenas com uma calcinha fina.


“Eles devem sentir nossa falta logo...”,

Digo, e ela, destemida em me devorar diz que resolve rápido,

“Ficou apertado, mas vou experimentar outros aqui!”, grita pra fora da porta,

Dessa vez me empurra na parede atrás da porta e volta a me pegar,

Coloca a mão por baixo da minha calcinha,

Massageando a minha buceta,

“Desse jeito não vou demorar pra gozar mesmo, gostosa”,

Ela tira a camiseta,

Começo a massagear os seios dela, enquanto ela toca a minha buceta,

A pele dela é como veludo,

Macia, sensível, viciante,

Tiramos as calcinhas,

Nos encaixamos e começamos a esfregar uma buceta na perna da outra,

Enquanto nos beijamos cada vez mais ritmado,

Excitante,

O perigo de nos pegarem,

O tesão,

O inusitado, tudo deixa essa aventura muito mais prazerosa,

Puxo o cabelo e mordo o pescoço dela,

Suspirando no ouvido,

Com gemidos baixos,

Ela enlouquece arranhando as minhas costas,

E enfim gozamos, juntas,

Terminamos com um beijo intenso,

E digo:

“Esse presente foi meu presente de Natal?”,

“Foi só uma amostra, quem sabe esbarro com você até o papai Noel chegar.”

Ela diz sorrindo, sai e fecha a porta,

Essa mulher sabe como tirar o juízo de alguém,

Mal podia esperar pra dar o troco, fazendo ela gozar de novo,

Sei que deveria focar em comer o pavê,

Mas minha fome por ela era bem maior.