Depois de tanto tempo sem ir a um show, finalmente fomos ao nosso primeiro festival de música, eu e a Mirela, naquela vibe de recém apaixonadas em que tudo é pura magia e conexão. Me sentia como se estivesse na cena de um filme, abraçadas, em meio à multidão, ouvindo nossas canções favoritas, que falam tanto sobre nós.
Por alguns instantes parecia que não havia ninguém a nossa volta, como um show particular para nós e nosso novo amor, que mesmo sendo novidade não deixava de ser genuíno e imenso. É como se de certa forma, estar no meio de tanta gente além de significar que somos só mais duas, também fosse capaz de evidenciar a nossa singularidade, que não há ninguém como nós. E não há maior ato de liberdade do que viver nosso amor sem medo e cantar alto cada letra das músicas mais especiais de nossas vidas.
Como num piscar de olhos chegou na última música do show da Anavitória, o último da noite, “Cor de Marte”, em uma das estrofes deixo de olhar para elas e olho para Mi, como em hipnose que já olhava pra mim “Me beija, que eu gosto da tua textura, do teu gosto frutado, sorriso colado, o compasso acertado, o ritmo acelerado, encaixado no meu...”. Os olhos verdes me olhavam tão fundo que quase entravam nos meus, o cabelo castanho claro, liso e fino como de criança, desciam sobre seus ombros e alguns fios até entravam na blusinha tomara que caia, com as mãos coloco-os para trás e a dou um beijo, aqueles lábios grossos e delicados eram os mais saborosos que já conheci.
Pernas entrelaçadas, corpos grudados, envolvidas pelo romance da música, mas conforme o beijo esquentava já me dava vontade de devorá-la por inteiro. A costura do zíper do shorts jeans roçava no meu clítoris enquanto meu corpo se esfregava no dela, respirava fundo para conter o meu tesão. O show chega ao final e fomos em direção a nossa barraca, com a perna quase trêmula e a calcinha molhada, esperando pelo mínimo de privacidade que poderíamos ter ali.
Ela se abaixa para abrir a barraca e o shorts sobe o suficiente para ver uma parte de sua bunda, como num ato involuntário fico na frente dela pra ninguém ver, ao mesmo tempo que aumenta ainda mais minha sede por ela.
Ela entra e eu entro atrás, antes dela se sentar, ainda de quatro se posicionando já puxo o shorts, me jogando naquele desejo incontrolável, surpreendendo-a do jeito que ela gosta:
- Ei, que pressa é essa?
- Pressa nada, tenho todo tempo do mundo, mas tô ansiosa pra ouvir você gemer no meu ouvido...
- Me faz gemer então – ela diz mordendo os lábios e tirando a camiseta, deixando à mostra os seios que inconscientemente vão de encontro ao meu rosto para sentir o seu sabor.
Ela se deita, e em uma combinação de apertos, mordidas e lambidas nos seios, ela começa a se contorcer de tesão. Vou direto para a buceta, beijando primeiro as pernas e virilha até chegar nela, chupando e estimulando o clítoris com cuidado, velocidade e precisão. Antes que pudesse gozar ela puxa a minha bunda para que eu virasse a buceta na boca dela também, e ficamos naquele 69 delicioso. Rebolo na cara dela e chupo sua buceta com cada vez mais intensidade, começamos a gemer, baixo para que ninguém escutasse e conforme o ritmo aumenta, gozamos, juntas.
- Que delícia, amor, você é muito gostosa, sabia?
- Xiiu, calma que acabou de começar. – Digo e ela abre um sorriso safado e vem em minha direção.
Começo a receber de volta todas as carícias que também fiz nos seios dela, que me enlouquecem, trocamos mais alguns beijos, intensos, lambuzados de saliva e de gozo. Ainda mergulhadas em tesão nos posicionamos para fazer a tesourinha, que incrivelmente encaixava como se tivéssemos nascido uma para outra, nos movimentamos para estimular ambos os clítoris, cada vez mais rápido, tentando fazer silêncio e pouca movimentação na barraca. Apenas com o olhar sincronizamos a excitação, reviramos os olhos e gozamos mais uma vez.
Deitamos, acaricio desde o cabelo dela até cada centímetro do corpo, que tanto desejo e quero proteger de todo o mal do mundo. Quando o silêncio prevalece, assim dormimos, entrelaçadas, envolvidas pelo amor e pela arte, pela simplicidade de viver intensamente e sem medo.







