o sol da manhã aquece nossos corpos naquele tom amanteigado que reflete um frescor silencioso na pele
ele ainda dorme e eu não me mexo – só sinto o contato quente de pele com pele e cobertas.
quando acordo, acorda em mim o desejo
eu durmo sem calcinha num acordo implícito com o acesso fácil – quando você quiser eu quero
estico a perna devagarzinho, roçando primeiro meu pé no seu, um anúncio delicado antes da minha perna pousar em cima da sua e subir o joelho até sentir seu pau – duro
fico imóvel, despretensiosamente imóvel, esperando você acordar
ele dorme pesado demais
pressiono um pouco o joelho, sentir seu pau duro me deixa excitada
ver o pau duro contornado pelo tecido fino pijama, me deixa excitada
ensaio em pensamento meu próximo movimento: deslizar o joelho até tocar o colchão, rente ao limite da tua cintura, e agora os dois joelhos vão tocar a cama e a buceta encosta no shorts do teu pijama – mas antes, decido deixá-lo dormir um pouco mais.
a sensação da buceta ainda encostada na sua perna, verte um calor úmido de tesão e suor
desço devagar a mão direita e passeio os dedos por entre os pelos molhados, navego sozinha nessas águas há bastante tempo pra saber exatamente onde é que mora meu gemido mais primitivo. mas o retenho. guardando pra você a melhor parte.
mamilo entumecido, dedo e clitóris juntos, abocanho seu pescoço devagar mas com a pressa incrustada no céu da boca – eu quero meter
você respira fundo
eu me encosto mais, como se fosse possível barrar os limites que a física impõe.
você ainda não responde minhas investidas
resolvo atacar
enquanto deslizo o joelho pressiono mais, à fim que seu pau te diga que estou aqui, com fome.
esse movimento eu já sei de cor e não me canso
finalmente sentada
olhos nos olhos
você sorri sonolento até eu começar esfregar a buceta molhada no pijama, cada vez mais forte, como se o pijama fosse sumir sozinho com a fricção
um pouco ele só me assiste e isso enlouquece minha compostura toda vez – o que você pensa quando me vê absorta em desejo?
trepar não combina com compostura, se tem um lugar onde me sinto mais próxima de alguma divindade, é nessa comunhão entre eu, você e o delírio.
leva a mão no meu pescoço e a desliza pelo ombro, passando a ponta do dedo com mais força na cavidade da saboneteira e desce mais, abaixa a alça fina da minha camisola e olha meu peito, agora exposto.
morde o lábio com esse sorriso safado que me tira do eixo – eu já estou quase gozando e ele sabe. me provoca com a espera. eu gosto.
toca o seio olhando pra mim e agora, a delicadeza pra chegar até aqui, acaba.
aperta o mamilo e franze o cenho
“você gosta né?”
faço que sim e levanto um pouco querendo tirar o short dele, prestes a sentar, finalmente. ele dá uma ordem que desconcerta meu roteiro: “vira esse rabo pra mim, vira”, viro.
viro de costas ainda decidida a sentar nesse pau até que eu goze, mas ele tem outros planos
“vem cá”, dá uns tapinhas no colchão, me chamando pra deitar ao seu lado.
é quando eu me deito que percebo no meu desejo essa pureza do descontrole – tudo é possível aqui.
a gente se encaixa numa concha e ele está com a boca muito perto da minha orelha
empino um pouco a bunda, roçando no pau
sem ensaio nenhum ele enfia dois dedos na minha buceta e um gemido desesperado se alinha junto aos dentes – é daqui a pouco ainda.
me come
peço.