Quando reflito sobre relações é muito doido pensar o quanto cada uma é de um jeito, com sua frequência e características, não tem como compará-las, e quando deixamos livres elas simplesmente acontecem como tem que ser. Eu, por exemplo, não tenho nada sério no momento, mas entre as pessoas que fico esporadicamente, uma delas me intriga muito, pelo fato de simplesmente ficarmos juntas sempre que nos vemos, sem marcar nem nada.

Isso porque ela gosta de ir no mesmo barzinho que eu, já era óbvio, se nos víssemos, íamos ficar, dito e feito na última sexta também. Me arrumei como de costume depois que cheguei do trabalho, fugi das tentações da minha cama confortável, coloquei um look que misturava decote com transparência, encontrei minhas amigas na estação e lá fomos nós.

Dessa vez o cansaço não me derrubou, tinha uma noite toda pela frente, afastando os problemas e pensamentos, compromisso em apenas viver e ser livre. Ela estava lá, alta, cabelos vermelhos e ondulados pelos ombros, tatuagens que cobrem o que a roupa deixava descoberto, olhos pintados e a boca muito gostosa, como sempre.

- E aí gata, veio produzida hoje, ein? Ocasião especial? – me pergunta.

- A vida né Fê, só bateu a vontade de me arrumar mesmo – digo entre risos.

- Hummm, eu amei, ficou mais gostosa, isso sim!

Sorrio, finjo estar sem graça, mas já estava totalmente enfeitiçada pedindo pra ela me pegar sem dizer. Ela me puxa pela mão, sempre sabia como agir sem eu dizer muito, eu amava isso, queria mesmo que ela comandasse, às vezes cansa fazer tudo, sabe. Assim, eu era apenas uma vítima...

Ela me leva pra um corredor mais vazio do bar que ia em direção a escada de emergência, me encosta na parede e começa a me beijar, sinto-a me amassando praticamente, suas pernas entrelaçadas com as minhas, seus seios apertando os meus, os lábios grossos e macios me beijando. Me vejo entregue, com os braços enroscados no pescoço dela, na minha cabeça só podia pensar “vai, me devora inteira, me lambe, me chupa...”.


O que era um beijo começa a me esquentar, ela coloca minhas mãos pra cima, me segurando pelo pulso, me arrepio inteira e queria estar em um quarto só com ela... Ela beija meu pescoço, morde minha orelha e aperta meu peito disfarçadamente.

- E se a gente fosse pra outro lugar, ein? – sugiro, suspirando de tesão.

- Nossa achei que nunca ia dizer isso... Parecia estar satisfeita só com uns pegas aleatórios por aqui.

- Engraçadinha... Você sempre me deu muito tesão.

- Bom então... Sei de um lugar pertinho, vamos enrolar as meninas e fugir então... Safada...

Cumprimentamos as meninas, vamos pro carro dela, depois de uns minutos ela estaciona em uma garagem de uma casa que aparentemente estava vazia.

- Não é o melhor lugar, mas é de graça, mais seguro do que a rua e posso me aproveitar melhor de você...

- Me parece o bastante, apesar de não ser tão seguro assim...

- Confia em mim, gatinha – ela diz subindo no meu colo.

Arruma o meu cabelo, colocando-o para trás, eu a puxo, na posição exata pros seios ficarem na minha cara, abaixo o decote e começo a chupar um enquanto aperto o outro. Em poucos instantes me sinto molhada, aperto a bunda dela cada vez mais perto de mim, ela tira a calcinha que estava por baixo da saia, aproveito e enfio os dois dedos na buceta dela enquanto ela rebola no meu colo e me beija, ela começa a gemer e suspirar no meu ouvido, até que goza e geme baixinho, o melhor som que já ouvi nos últimos dias. No fim, chupo os dedos e a encaro.

- Você é muito gostosa, meu deus... – ela diz.

- Eu sei – eu respondo.

- Você não tem jeito mesmo, vem cá que agora você vai ficar bem quietinha.

Vamos para o banco de trás, eu deito, ela tira meu shorts e vem por cima, com as pernas entrelaçadas e a minha buceta na perna dela, cada vez mais molhada, beija meus seios e vai descendo até chegar nela. Lambuza os lábios e começa a beijar o clítoris, cada vez mais rápido, minhas pernas tremem, seguro o cabelo dela e a deixo se aproximar cada vez mais, cada vez mais rápido até gozar na boca dela. Ela parece estar com ainda mais tesão, se levanta e me beija.

- Seu gostinho. - ela diz.

- O nosso... Não quero sair daqui nem tão cedo... – digo.

Escrito por :

Aline Cruz

Aline Cruz
Escrita sempre foi um refúgio e uma forma de transformar o que penso em realidade, antes em cadernos, hoje na internet como jornalista e redatora. Escrevo porque guardar tudo para mim seria egoísmo. Também faço teatro, mergulho nas músicas, viajo dentro de mim e também fora: sejam lugares, pessoas, histórias ou teorias.