Era 2h da manhã,

O drink já havia me deixado leve,

Livre dos problemas que me acorrentam,

Das desesperanças,

Comprometida apenas em não ter nenhum compromisso,

Só por esta noite.


Barulho das ondas do mar,

Risadas, conversas,

Olhares, corpos se balançando no ritmo da música,

Num instante parece que tudo fica em câmera lenta,

Só ouço a sua voz e o som do violão,

Completamente hipnotizada pelo dedilhado que você faz,

Como se tocasse desde que nasceu.


Sem medo me aproximo,

Quero te ouvir melhor,

Nada me impede,

Seu peito nu perto do violão,

Pele bronzeada pelo sol,

Barriga e braços definidos,

Nada exagerado,

Não é do tipo que malha pra ficar assim,

Você simplesmente é:

Gostoso assim.


Sua boca desenhada e barba aparada arrepiam minha espinha,

Seus olhos mergulham nos meus bem naquela parte da música:

“Hoje ninguém vai estragar meu dia

Só vou gastar energia pra beijar sua boca”

Ainda sorri de canto,

Sabe que está me hipnotizando,

Eu finjo que fico sem jeito,

Mas isso só aumentou meu desejo

Estou com sede de você.


Larga o violão e entra na casa,

Dou uns segundos e te sigo,

Despretensiosamente,

Você pega um copo de água na cozinha,

Eu pego também,

Nem queria, mas óbvio,

Que vou jogar seu jogo,

Você questiona:

“Sede é?”

Estendo o copo e dou risada,

Nem tem pra que fingir.


Você se apoia os braços no balcão atrás de mim e me encara,

Eles cruzam a minha cintura,

Sinto meu corpo quente de estar mais próximo do seu,

Te desejo e agora é o momento de realizar,

Eu me aproximo de você também,

E nossos lábios se tocam,

Macios, quentes, envolventes,

Entrelaço os braços na sua nuca e deixo você no comando,

O que era suave se intensifica,

Fico molhada e te desejando mais a cada toque,

Arranho suas costas,

Suas mãos massageam meus seios e me enlouquecem,

Você pergunta para confirmar:

“Ninguém entrou aqui com você, né?”


Eu confirmo e me esfrego em você,

Com vestido curtinho,

Nem precisa se preocupar em tirar a roupa,

Seus dedos escorregam do meu seio até minha buceta,

Você tira a minha calcinha,

Começa a dedilhar como dedilhou o violão antes,

Agora é bem melhor,

Me excito cada vez mais a cada toque,

Realmente,

Você toca como ninguém.


Me levanta e fico sentada no balcão,

Você abre minhas pernas e continua,

Lambe minha buceta como quem devora algo saboroso,

Apetitoso,

Me delicio,

Gozo na sua cara.


Eu abaixo sua bermuda e tiro o pau com cuidado,

Você gosta de como eu faço,

Morde os lábios de tesão,

Enfia ele em mim com cuidado,

O ritmo aumenta,

E eu só quero gemer,

Mas faço silêncio,

Ninguém lá fora pode ouvir,

Eu sussurro no seu ouvido pra você foder com força,

Você puxa o cabelo da minha nuca de leve,

E continua fazendo gostoso,

Até que enfim gozamos,

Juntos como se fôssemos um só,

Eu sentada no balcão da cozinha,

Sendo o seu instrumento por um momento,

Intenso,

Excitante,

Único.