Nada tão ruim que não possa piorar uma segunda de manhã,

Exausta do fim de semana que não descansei o suficiente,

Agenda lotada,

Sono, marmita que deixei de fazer,

Atraso,

E sim, podia ficar pior: chuva.


Eu já estava no ponto de ônibus,

Que pra piorar não era coberto,

Maquiada e com o cabelo lisinho,

Juro que segurei a vontade de chorar,

Ainda faltavam uns minutos pro ônibus chegar e a chuva veio com tudo,

Do nada surge uma mulher de cabelo vermelho, tatuada, mais alta que eu,

Oferece um espacinho no guarda-chuva e de repente consigo respirar de novo,

Agradeço e fico ali,

O perfume dela é uma delícia,

Devia ter acabado de tomar banho, certeza,

Só depois de ficarmos tão próximas que notei que ela é lindíssima,

A proximidade que evitava a chuva de nos molhar,

Fazia com que eu ficasse molhada...

Fiquei até tímida,

Mas tentando disfarçar o tesão que senti com aquela gostosa do meu lado.


Enfim o ônibus chegou,

E pra minha surpresa ela pegou o mesmo,

Conseguimos nos sentar e fomos conversando até chegar no ponto dela,

Acabamos pegando o contato uma da outra e seguimos nosso dia.

Por algum motivo eu não conseguia parar de pensar nela quando cheguei no trabalho,

Meu dia cinza e caótico ganhou cor,

Curiosidade,

Desejo,

Até que no almoço me deparo com a notificação dela,

“Topa uma breja na sexta? Assim dá pra gente se conhecer melhor...”


Nos encontramos num bar perto de casa, ou seja, próximo ao tal ponto em que nos conhecemos,

Na hora de ir embora paramos nele,

Nos encaramos por um instante,

Sentimos o tesão que parecia explodir dentro de nós,

Algo que nos atraía com força,

Nos aproximamos,

Quando minha boca chega perto da dela,

Paro,

A encaro,

Só para provocar,

Para ver a reação dela,

Ela sorri e me agarra,

Sinto os lábios dela nos meus, hálito fresco da bebida,

Meu cabelo cai no rosto e ela arruma para trás,

A seguro pela cintura puxando para mais perto,

Sinto ela chegando mais perto,

Os seios dela encostam nos meus,

Me excito ainda mais,

Sussurro no ouvido dela:

“Essa noite podia acabar de um jeito ainda melhor, né?”

Ela ri de um jeito safado e diz:

“Acredita que pensei no mesmo? Hoje minha casa está vazia, bora?”.


A casa era pertinho, alguns quarteirões dali,

Demos as mãos e fomos até lá,

Segurando o desejo pro lugar certo,

Assim que entramos ela já começa a me beijar,

Me encosta na parede,

O beijo desce pelo meu pescoço,

Enquanto ela massageia meus seios,

Levanta minha camiseta aos poucos até tirá-la,

Também tira a dela,

Eu levanto os braços e ela segura-os com uma mão,

Volta a me beijar, enquanto eu fico imóvel,

Nossos seios se encostam agora,

Pele a pele,

Que tesão e vontade de deixar que ela me devore inteira,

Ela desce, começa a chupar meus seios,

Se levanta coloca a mão perto da minha buceta:

“Posso?”

E eu respondo: “Deve... gostosa...”

Ainda segurando meus braços com uma mão ela usa a outra pra tocar meu clítoris,

Mulher com atitude assim me enlouquece,

Não demora muito pra eu gozar,

Ela me solta,

Chupa os dedos e me beija.


Nisso me vem uma vontade súbita de lambuzar ela inteira,

Sentir o seu gosto,

Eu sussurro esse desejo no ouvido dela,

Que me leva pro sofá e diz:

“Sou toda sua, gostosa”,

Sento no colo dela e a beijo,

Faço a deitar em seguida e a saboreio por inteira,

Sem pressa,

Mas com tesão, suspiros, intensidade, toque, cheiro, língua,

Tudo observando a reação dela,

Massageio os seios, mamo cada um deles,

Ela revira os olhos,

Eu desço mais,

Faço um caminho com a língua pela barriga,

Tiro a calça dela com cuidado,

Ela estava com calcinha de renda preta,

Puxo com os dentes e depois tiro também,

Observo a buceta dela que estava molhada,

Beijo e mordo as coxas, depois beijo os lábios e devagar,

Enfio um dedo na buceta dela,

Ela morde os lábios me encarando,

Coloco mais um e começo a fazer movimentos de “vem cá”,

Enquanto estimulo o clítoris com a língua,

Cada vez mais rápido,

Ela se contorce,

Aperta minha cabeça com as pernas e treme de tesão,

“Continua, não para...”

Deliciosa, fico ainda mais excitada de ver ela sentindo prazer,

Acelero e ela goza,

Sinto a buceta dela se contrair nos meus dedos,

Os chupo a encarando,

E ela me puxa pra cima dela,

Assim começamos tudo de novo...

Escrito por :

Aline Cruz

Aline Cruz
Escrita sempre foi um refúgio e uma forma de transformar o que penso em realidade, antes em cadernos, hoje na internet como jornalista e redatora. Escrevo porque guardar tudo para mim seria egoísmo. Também faço teatro, mergulho nas músicas, viajo dentro de mim e também fora: sejam lugares, pessoas, histórias ou teorias.