Conhecer novas pessoas estava cada vez mais difícil, minha preguiça unida à dificuldade de lidar com mulheres me levou a testar novos formatos de prazer, como aderir a assinaturas de plataformas digitais de entretenimento adulto. Já conhecia algumas camgirls pelas redes sociais, e, vez ou outra, dava essa vontade de acompanhar os conteúdos dessas mulheres. Evidentemente, tinha minha favorita, mas nem sempre conseguia ter acesso a ela. Lindíssima, de olhos claros e cabelo colorido, cada vez que via era uma cor diferente. Ela era mais magrinha do que outras que eu seguia, mas, por algum motivo, me despertava a cada movimento. Cada sorriso milimetricamente ensaiado para não ser demais nem de menos. Os cabelos longos jogados por cima dos ombros, a voz doce, comedida e o contraste com seu jeito dominadora me envolviam por completo. Era inevitável ficar com pau duro imediatamente toda vez que ela aparecia na tela – Fosse em fotos novas, em vídeos ou em live. Os efeitos que essa mulher tinha sobre mim me assustavam e viciavam ao mesmo tempo. Além de bancar a assinatura mais cara do pacote, me sentia lisonjeado de oferecer mais tributos e presentinhos pela plataforma.
Thay era o apelido dela – não sei se vinha do nome verdadeiro, provavelmente não, mas a meu ver, combinava com ela. Ao fim de um vídeo no fim de uma quarta-feira, Thay se despediu de um jeito diferente... O olhar fixo na câmera dizia que ela queria mais do que apenas entreter seus assinantes, o que ficou comprovado quando ela deixou o contato dela no bate-papo. Ela deve ter se arrependido quase que de imediato, visto que apagou a mensagem menos de 2 minutos depois, mas eu (e mais meia dúzia de fãs mais assíduos) já tinha salvado a combinação dos números, com a esperança de que aquilo pudesse me aproximar da mulher dos meus sonhos.
Mandei mensagem sem pensar duas vezes e joguei o telefone na cama, como se o gesto exagerado tornasse possível segurar a ansiedade pelo retorno. Senti o sangue subir para a cabeça e tudo rodar quando ela respondeu, mais simpática e acessível do que eu havia criado no meu imaginário. Comecei a conhecer melhor a mulher que havia por trás da Thay, camadas além daquela que se exibia pela internet afora. Além de linda, ela era inteligente e o papo foi fluindo de forma natural. Conversamos por uma semana seguida, trocando memes, músicas e histórias da vida. Eu estava vivendo algo novo e que me envolvia mais a cada troca – Assistia a todas as lives dela até o final, para ficar conversando depois, comentando os momentos mais engraçados ou favoritos de cada dia.
Os dias foram passando, e, confesso que, por mais que tivesse muita vontade de encontrá-la pessoalmente, me podava da ideia, por medo de perder o que estávamos vivendo naquele momento. Após 20 dias de conversas constantes, eu já não conseguia mais pensar em outra coisa a não ser em ver ela de perto. Parece que algo conspirou a meu favor: Sexta-feira, fim de tarde ensolarado, decido, como quem não quer nada, sugerir um date. Engoli a seco quando disse que sim, queria me ver, e queria mais: me tocar, me sentir. Uma dose de realidade num mundo superficial. Não pensei duas vezes e deixei beber um pouco da sorte que me alcançava.
Era quase 23h, eu bato da porta, ela abre e lá está ela, de lingerie com um hobby preto por cima, transparente e marcando as coxas torneadas. Um sorriso lindo, um corpo real, vivo, com traços e linhas, menos perfeito e intocável do que quando visto pelas lentes das câmeras, o que só me deixava mais instigado. A cama é gigante, cheia de travesseiros caros, lençóis e edredom, aparelhos de gravação e fios em volta, tudo arquitetado para ser o melhor cenário possível.
Ela me recebe com um beijo na bochecha, parecia bem mais tímida do que online. Comemos uns petiscos, bebemos e conversamos sem sentir o tempo passar. Ela era uma mulher envolvente, pra além do sexual, mas a cada troca de olhar parecíamos criar uma tensão sexual ainda maior, e eu estava ansioso por dentro, como deveria ser vê-la performar só pra mim?
Após algumas taças – ou a garrafa – de vinho, flertes inofensivos e toques sutis nas minhas mãos e em seus cabelos, ela se aproxima de mim, que estava sentado na cadeira, entrelaça as pernas nas minhas e sussurra no meu ouvido:
- Essa noite eu sou só sua, quero que faça o que quiser comigo.
Me arrepio de tesão, e, de forma instintiva, puxo ela pro meu colo. O beijo de língua faz sair faíscas de nós dois, ela rebola no meu colo, se esfregando e buscando mais atrito com o meu pau, que já estava marcado na calça, absurdamente duro. Ela tira a parte de cima da roupa minúscula, exibe e aperta os seios no meu rosto. Eu os beijo e me delicio, ainda segurando a bunda dela pra perto, puxando pra mim. Tento tirar meu pau de dentro da calça, e ela me impede:
- Calma, só quando eu mandar. – Sussurra, saindo do meu colo.
Ela senta na cama, com as pernas abertas, os braços apoiados pra trás, me encara e fala:
- Vem cá. isso mesmo, não tira os olhos de mim. Eu quero que você me chupe.
Começo a beijar as pernas dela, as coxas, virilha... Sem pressa, mas cheio de intenções. Observo suas reações, seus suspiros impacientes. Isso me diverte, mas também me tira do eixo. Paro de frente pra buceta, arfando e faminto por ela. Respiro fundo pra sentir o cheiro do néctar dos deuses, lambuzo com a língua, acelero os movimentos e ela se contorce, treme, segura minha cabeça contra a buceta e nela eu me delicio, puxando o máximo de ar quando respiro para aproveitar cada vez mais. Conforme o ritmo aumenta ela suspira mais alto, me apertando, até finalmente gozar, esfregando os lábios na minha cara, saborosa.
- Assim? Agora é minha vez ou vai comandar cada passo meu, Thay? – digo.
- Bianca... Pra você, eu sou real – Disse ela com a voz falhando.
Sem mais controle, monto em cima dela, encarando e digo:
- Então fica quietinha, Bianca.
Já tínhamos conversado sobre BDSM e feito alguns acordos, me permiti a explorar algumas coisas com ela. Prendi os braços dela na cabeceira da cama com algemas e deixei as pernas soltas. A beijo, depois desço o beijo pelos seios, sigo o beijo pelo corpo todo, pernas, até chegar nos pés e digo:
- Vou te foder inteira enquanto você olha na minha cara. Quero você inteira só pra mim.
Ela consente mordendo os lábios, coloco lentamente dois dedos dentro da buceta dela, vejo que entra sem muita dificuldade, tamanha sua excitação. Isso me deixa louco. Coloco a camisinha e começo a meter nela devagar, ela suspira quando entra a primeira vez, depois começa a gemer conforme vou aumentando o ritmo.
- É assim que queria me ter né? Todo pra você, safada. Eu tava louco pra te comer, desde o primeiro dia que eu te vi.
O que eu vejo é o mais próximo do paraíso na terra: aquela mulher se deliciando em se entregar pra mim, se contorcendo e gemendo cada vez mais. Aumento a intensidade dos beijos e fodo cada vez com mais força. Sentir as paredes dela me apertando me levam a loucura, mas eu respiro e seguro pra esperar o orgasmo junto com ela.
- Goza pra mim, Bianca....
Ela geme, diz que sim, que precisa disso. Com o ritmo cada vez mais rápido, gozamos juntos. A solto da cama e ela diz:
- Qual vai ser a próxima rodada?





