Bandeirinhas coloridas,

Cheiro de comida,

Milho, churrasco, bolo,

Fogueira enorme,

Música que invade a alma,

Tudo no quintal de uma casa no mato,

Era possível ver cada estrela no céu,

Muito frio e o máximo de roupa possível,

Em contradição com o fogo que senti subindo da minha buceta ao te ver.


Alto, pele negra,

Perfume amadeirado,

De camisa xadrez e uma blusa leve,

Brinco na orelha,

Os 15ºC não são suficientes para te dar frio,

Aperto de mão firme,

Mistério com um toque de sensualidade no olhar,

Quem é você?


Só consigo pensar nessa pergunta desde que cheguei,

Mas me entreti com o pessoal,

Com o vinho quente,

Com as comidas,

E em pouco tempo estava leve e solta,

O frio já não era tão grande,

Dançar é tão libertador,

Junho certamente é um dos melhores meses do ano.


Só nessa época ouço essas músicas que dão uma alegria diferente no meu coração,

“Vem, morena, pros meus braços

Vem, morena, vem cantar

Quero ver tu requebrando

Quero ver tu requebrar”

Bem no meio do refrão meu olhar encontra o seu,

Você faz um gesto perguntando se quero dançar com você,

Eu balanço a cabeça dizendo que sim,

Você vem em meu encontro,

Coloca uma mão na minha cintura,

E a outra em uma das minhas mãos,

Começamos a dançar,

Dois pra lá,

Dois pra cá,

Pernas entrelaçadas,

Um pouco de desajeito meu,

Mas você sabe como guiar,

Quando menos espero pego o ritmo,

Olho para cima,

Quero me aproximar do seu rosto,

Nossas pernas roçando me faz querer outra dança,

Quem disse que forró não é sensual?


O espaço-tempo se dilui como em um sonho,

Sabe aqueles momentos que você esquece da vida,

Dos problemas,

Da rotina,

Quantos copos tomei?

Não sei,

Falei demais?

Não tem como saber,

Quando começo a pensar em como tocar seus lábios,

Você me beija,

Sua pegada,

Seu cheiro,

Nos aproximamos,

Sinto seu pau duro por dentro da calça e isso me excita,

Estamos cada vez mais colados,

Tem outro lugar para irmos? Ou seria muita ousadia?

Falo pra sairmos,

Tímida,

Mas com toda vontade de sentir você dentro de mim,

Ou ao menos de te pegar mais à vontade.


Você me leva para parte de trás da casa,

Certeza que ninguém nos encontrará aqui?

Sem muita conversa consinto o perigo,

Que apenas me dá mais tesão,

Te encosto na parede,

E começo a te beijar,

Arranhando seu pescoço,

E me esfregando no seu pau,

Enquanto você aperta minha bunda,

Beija meu pescoço,

Sussurra no meu ouvido,

E me derreto cada vez mais,

Com cuidado tiro seu pau da calça,

Você também coloca a mão por dentro da minha calça,

Começa tocar a minha buceta,

Os beijos cada vez mais intensos,

A vontade é de te lambuzar,

A quatro paredes,

Mas assim é mais excitante,

E não daria para esperar.


Você me pega no colo e me coloca sentada no murinho,

Grilos no mato,

Música bem distante,

De resto,

Silêncio e suspiros,

Coloca a camisinha,

Coloco os dois braços nos seus ombros,

E você enfia o pau dentro de mim,

Suspiro de tesão,

Essa era a aventura que eu precisava,

Mete com força,

Aperta meus seios e beija minha boca,

Eu aperto sua bunda pra se aproximar cada vez mais,

E por dentro da camisa arranho as suas costas,

Gostoso,

Assim eu morro de tesão,

Então goza, safada,

Só se você for junto,

Assim mesmo,

Rápido,

Intenso,

Quase lá,

Gozamos juntos,

Gemendo baixinho,

Orgasmo em sincronia,

Fogo junino,

Dentro de mim,

Que tesão,

A arte do encontro que flui,

Que sente,

Que permite transbordar.