pegando carona na prudência de Maria Bethânia,
mastigo com ela cada letra desse tedioso controle,
gosto das paixões
das que atravessam
das que me tiram do eixo
que apreço eu tenho pela loucura
te mando uma foto nua
falo que quero tua língua na vulva
eu sou um pouco tua
eu sou na verdade, esdrúxula
te quero atravessando as montanhas para chegar até aqui - só pra me comer mais uma vez
só por luxúria
por divina vontade, vem cá, me bate.
encosto na varanda
cigarro aceso
me debruço nela, que sórdida e embarcada em memórias, me conta - lembra? de você assim, de costas arcadas e ele atrás?
lembro.
lembra ainda, que ele levantou a camisola, enfiou o pau e você, gemeu?
lembro.
e de que tão alto, os garçons do bar vieram ver, o que estava acontecendo?
lembro. lembro também que a gente riu e parou. mas ele continuou com o pau dentro de mim.
um pouco depois eu me virei e abaixei
enfiei o pau dele na boca
e o chupei enquanto ele olhava a vista e fingia paisagem.
deslizo a mão na mureta, meus dedos passeiam no concreto mas pensam na tua pele - eu tenho saudade daquela tarde.
ele sentou bem aqui, na cadeira, ao lado desse manjericão, com o celular na mão
eu o ouvia falar no telefone, mas pensava - quando é que ele vai desligar isso para gente transar mais?
ansiosa demais para esperar
andei de quatro até chegar
de novo, enfiei o pau na boca
ele gravava um áudio e me olhava
se desconcentrou
desligou o celular
e falou que sou muito safada
eu tirei a rola da boca
e junto com ela saiu muita água
toda babada
eu levantei
e de costas, sentei e sentei gostoso
só pra ele lembrar
que buceta igual essa, ele não vai achar.
fico excitada quando me lembro de algumas transas
me divirto as escrevendo porque é como gozar de novo
me ajeito no sofá
subo a camisola
coloco a mão na virilha
sinto vontade de mexer na buceta
subo a mão e toco os seios
agora me lembrei
que aqui mesmo, neste exato lugar do sofá, ele enfiou dois dedos na minha buceta
e socou muitas vezes com força enquanto falava com a boca muito perto da minha, que minha buceta era toda dele
e o som dos dedos colidindo com o útero molhava tua vontade, e diluía seus dizeres obscenos nos meus fetiches de posse - eu gosto de ser a sua puta - e sabemos eu, ele, os dedos e o gozo, que essa buceta é só minha
mas vale
o delírio
deixo que me foda
deixo que me deseje
gozo no segundo mais impróprio, no mais vulgar, sem qualquer constrangimento porque
porque eu gosto mesmo
de putaria.
volto pra mim
pego o celular
te mando uma foto de buceta molhada
'olha aqui, o que a tua memória faz'
ele pede
'coloca aquela blusa vermelha'
coloco e quando vesti foi como me cobrir de amante - me mande fazer coisas, eu gosto.
'quero que você enfie dois dedos na buceta'
enfio
'quero que você tire eles e me mostre eles bem molhados'
mostro
'quero que você coloque o plug anal no cuzinho'
coloco
'ai caralho, gostosa do caralho, queria estar aí fudendo você'
me excito
ele manda uma foto do pau
também queria que ele estivesse aqui no meio das minhas pernas
agora manda um vídeo batendo punheta, moletom abaixado e dizendo 'é isso que você queria né safada'
é, é isso.
coloco o sugador na buceta
ele me liga por vídeo
deixo só no meu rosto mas dá pra ver os peitos balançando
ele fala "goza, cachorra, goza pra mim"
gozo
muito.











