Em um evento do trabalho eu acabei conhecendo um cara gatíssimo e fiquei com aquela sensação que ele podia ser bacana, sabe? Cabelo castanho claro, barba recém feita, sorriso encantador, mas o olhar meio bobo e o estilo duvidoso me deixaram confusa se ele de fato seria interessante. Ele sentou perto de mim na última palestra e começou a puxar papo sobre o tema, eu respondia meio sem vontade, mas ao mesmo tempo só conseguia prestar atenção naquela boca e imaginar como seria seu sabor...

No final do evento eles liberam drinks, cada vez fica mais inevitável resistir a esse gostoso e chato ao mesmo tempo, decidimos ir a um bar e estender nosso papo, será que eu ia me arrepender? Pedimos um uber e lá vamos nós, saindo dos assuntos profissionais e sérios, ele começa a falar sobre futebol, de cara não disfarço que não é a minha praia e ainda exagero totalmente sem filtro que o álcool já tinha me tirado:

- Ah sério? Como você consegue se entreter com um monte de homem correndo atrás de uma bola?

- Você está reduzindo um esporte completo a apenas isso?

- Não queria ofender... Eu respeito, é que sei lá, acho nada a ver, 0 interesse.

- Se você desse uma chance arrumaria até um time pra torcer – reviro os olhos e ele ignora mudando de assunto – mas eu também sou culto, amo passar uma tarde no museu...

- Sério? Parabéns, eu acho muito importante, mas não tenho a mínima paciência, bem entediante.

- Caramba você realmente é refinada hein, gosto para poucos.

Começo a me irritar, bate uma vontade de pedir pro uber me deixar em casa logo, sei lá o que vai rolar com esse chato, mas ok, agora vamos lá. Chegamos no bar, ele abre a porta do uber pra eu sair, desfaço um pouco o bico que fiz pra aqueles assuntos chatos e tento fazer a simpática, o que nem era tão difícil assim porque ele é atraente.

Pedimos mais um drink, ele tenta arrumar um assunto e eu acabo respondendo meio implicante e incomodada que os nossos gostos não batem. No fim das contas já nem sei se quero beijá-lo de tesão ou de raiva, sei que decidimos parar com os drinks e comer algo na casa dele, afinal essa noite não podia acabar no 0 x 0.

Quando chegamos eu fico paralisada como pode tanto mau gosto estético, a casa é arrumada? Sim, mas parece que nada combina com nada... Comemos uma pizza que tinha congelada, começamos a conversar no sofá e se eu demorasse muito o sono já ia bater... Finalmente ele acerta em algo, coloca uma musiquinha que eu nem curtia tanto, mas criou uma boa vibe.

Isso, quietinho é bem melhor, ele começa a me encarar, quando vejo finalmente meus lábios tocam os dele, macios, saborosos, ele segura minha nuca pelo cabelo, imediatamente me arrepio inteira e puxo ele ainda pra mais perto, meus seios encostam no peito dele, não resisto e sento no colo. Rebolo e sinto o pau duro, estava doido pra senti-lo dentro de mim, ao mesmo tempo cada parte que a mão dele tocava meu corpo me arrepiava por completo.

Ele não me resiste, logo abre a calça, eu tiro os meus shorts, jogo pro lado, ele coloca a camisinha, eu sento devagar sentindo o pau entrar em mim, enquanto o encaro com cara de safada. Ele me agarra e me beija, enquanto vou aumentando o ritmo da sentada, rebolando bem devagar, pertinho dele pra esfregar meu clitóris também. Ele bate na minha bunda e eu fico cada vez com mais tesão, esperando pra gozar com ele, até que o ritmo aumenta, e quando ele está perto de revirar os olhos, gozamos juntos.

- Não posso reclamar do seu gosto refinado, você é uma delícia.

- Pelo menos algum bom gosto você tem – digo bem debochada entrelaçada nele.

Escrito por :

Aline Cruz

Aline Cruz
Escrita sempre foi um refúgio e uma forma de transformar o que penso em realidade, antes em cadernos, hoje na internet como jornalista e redatora. Escrevo porque guardar tudo para mim seria egoísmo. Também faço teatro, mergulho nas músicas, viajo dentro de mim e também fora: sejam lugares, pessoas, histórias ou teorias.