Eu sabia que você me desejava,

Cada vez que me olhava sem poder me tocar,

Que queria ouvir mais sobre como é ficar com uma mulher,

Quando desabafava sua curiosidade sobre o corpo feminino,

Sobre o prazer,

Mas você estava presa na sua realidade,

Não posso julgar, também já estive.


Pulsei de alívio quando te vi livre,

Quando a dor passou e o mundo se abriu,

A cada sorriso que você dava e desabafo de alguma pessoa que não deu certo,

Seria mentira minha se não esperasse que nada rolasse entre nós depois de tudo isso.


Até que você entra pela porta da casa da Helô,

Era só mais uma reunião do nosso grupo,

Mas você estava radiante,

Cabelos vermelhos, ondulados, longos,

Pele maquiada, iluminada, mas sem exagero, apenas a medida certa,

Courset decotado valorizando os seios,

Saia marcando as coxas grossas que você sempre teve, mesmo sem treinar,

Você é estilosa em qualquer ocasião,

Isso sempre me atraiu,

Mas dessa vez reparei que você me olhava diferente.


Tento fingir, negar pra mim mesma,

Mas a verdade é que eu te sequei durante toda a tarde,

A cada instante que não reparavam, espero,

Me despedir de você foi como perder a vista de um pôr do sol na praia,

Não pude ao menos aproveitar,

Até que tempo depois que você já tinha saído a Helô grita:

“Não acredito que a Tati esqueceu a carteira dela!”,

Sem pensar muito me prontifico a levar na casa dela, afinal eu estava de carro mesmo,

Essa era a minha chance,

Arriscada? Talvez. Não queria perder a sua amizade, mas... o desejo bate mais alto.


Chego na sua casa e você abre a porta,

Com piranha no cabelo,

Descalça,

Nem tinha percebido que esqueceu,

Distraída como sempre.


Me chama pra entrar,

Não nego,

Pela primeira vez você não nega seus instintos,

Fecha a porta,

Vira,

Me encara,

De imediato minha mão vai pra sua cintura,

E a outra agarra sua cabeça pra perto,

Finalmente nos beijamos,

Com toda a intensidade que tínhamos dentro de nós,

Me encosta na parede e vem com a fúria de matar a sede de mim,

De mulher,

De tudo que ficou preso dentro de ti,

Minha mão desce pelo seu corpo, aperta, arranha,

Você faz o mesmo,

Até que paramos,

Você me encara,

Rimos,

Um pouco tímida vai pegar um refrigerante,

Tomamos,

Você senta e diz:

“E agora?”

Eu respondo:

“Matou a sede?”

Você diz “Boba, tô falando sério... Você curtiu? Continuamos?”

Eu respondo “Não tenho dúvidas que quero continuar, se quiser, claro.”


Eu estava sentada no sofá,

Você se senta em cima de mim,

Começa a me beijar e rebolar no meu colo,

Puxo sua bunda pra perto,

Aperto o peito,

Doida pra tirar sua roupa todinha,

Você para, me olha e diz:

“Me ensina?”

Com toda a safadeza e sinceridade do mundo, respondo:

“Com todo o prazer...”.


Te deito no sofá,

Você tira a roupa e eu a minha,

Começo beijando a boca,

Desço para os seios,

Passando pela barriga, até chegar na buceta,

Passo a língua devagar pra ela sentir aos poucos,

Te vejo revirando os olhos e já estava molhada,

Coloco dois dedos dentro de ti,

E vejo que você abre a boca de tesão,

Com a língua sigo o ritmo conforme posiciona a minha cabeça,

Te sinto tremer,

Não me canso e só aumento o ritmo,

Até você gozar na minha boca.


Você fica uns instantes, respirando fundo e sorrindo a leveza pós-orgasmo,

Logo volta a me beijar,

Se enrosca em mim,

Me olha, respira fundo e diz:

“Posso?” – enquanto olha pra minha buceta,

Consinto, pego sua mão e coloco nela,

Coloco os dedos bem fundos pra você sentir como está molhada,

Você sorri e morde os lábios quando sente,

Gostosa,

Cheia de tesão e curiosidade,

Você desce até ela,

Eu abro as pernas doida pra você aprender logo,

Você lambuza os lábios primeiro,

Enfia os dois dedos,

Te ajudo a encontrar o clítoris com a língua,

E lá você mergulha,

Cada vez mais rápido,

Abuso das caras e bocas ainda mais quando você olha,

Suspiro cada vez mais forte,

Até gemer quando no chego no ápice,

Você lambe, sentindo o gosto pela primeira vez,

Vem em minha direção e me beija,

Com o gosto do meu mel,

Ficamos abraçadas,

Nuas,

Aproveitando a paz que o prazer pode nos proporcionar.