O sol estava quase se pondo,
O vento batia nas folhas das árvores,
Na minha pele,
Arrepiava minha nuca,
Me sentia viva, leve, como parte da natureza.
Silêncio,
É tudo que preciso,
Entrei no jardim dos fundos pra me afastar um pouco do pessoal,
Deitei na grama,
Olhei para o céu,
Brigadeiro,
Inspira,
Expira,
Respirar é raro.
Escuto uma música de fundo que me atrai,
Quem estaria ouvindo algo nos quartos essa hora?
Vejo uma janela entreaberta,
Olho disfarçadamente e logo vejo,
É você, Mari,
Dona da casa que nos hospedamos,
Quase não nos falamos,
Amiga da minha melhor amiga,
Estava com uma toalha de banho,
Aparentemente nua,
Dançando lentamente,
Cantarolando junto com a música da Gal Costa:
“O cabelo solto ao vento,
O teu jeito de olhar,
E no teu corpo moreno,
A flor de maracujá”.
Ela tira a toalha,
Joga na cama,
Abre o guarda-roupa e procura algo pra vestir,
Mas continua dançando,
Os seios e a bunda balançam suavemente a cada movimento,
Meu coração acelera,
Consigo sentir cada batida,
Não esperava te ver nua,
Ainda mais sem que você saiba,
Isso é no mínimo ousado demais,
Não deveria estar olhando,
Mas você não deve conseguir ver,
É só não fazer barulho.
Ao invés de pegar a roupa,
Pega um vibrador,
Senta-se na beira da cama,
Uma mão toca os seios,
Enquanto a outra leva em direção a vagina,
A mão que estava nos seios viaja entre o restante do corpo,
Desce pela barriga,
Pernas,
Volta ao pescoço,
Enquanto o vibrador estimula o clitóris,
Cada vez em maior êxtase,
Minha respiração está acelerada,
Assim como o coração,
Também fico molhada,
Com vontade de me tocar ao ver essa cena inesperada,
Mas com maior vontade ainda de te tocar,
Não tinha percebido o quanto você é gostosa,
Mas é mais seguro só observar,
Desço minha mão por dentro da minha calcinha,
Mas neste movimento meu óculos de sol cai,
Gelo,
Quase não respiro,
Bom, é só fingir que não vi nada, né?
Ou não.

Você vai até a janela,
Coloca a cabeça pra fora e me vê,
Desastrosamente tentando disfarçar,
“Sua safada, eu vi você, viu?
Pode entrar, não precisa ter medo de mim”,
Ainda paralisada fico processando para ver se é verdade,
Você estava brincando?
“O que? Ah eu estava só tomando um ar fresco”,
Insiste e percebo que realmente me notou,
E gostou,
Entro na casa novamente,
E você me aguarda com a porta levemente aberta.
Tomo um gole de coragem e o tesão fala mais alto,
Entro,
Me fala pra sentar na cama,
Eu sento,
Você me faz te assistir de novo,
Agora de perto,
Aumenta a música e volta a dançar,
Nunca vi uma mulher tão livre assim,
Rebola, gira, abre os braços,
Até começar a se encostar em mim,
Está me provocando,
Toco seu corpo e me levanto,
Quero fazer parte dessa dança,
Você me beija antes que eu possa pensar em qualquer coisa,
Me encosta na parede,
Desce com a língua pelo meu pescoço,
Tiro a camiseta e o shorts,
Te abraço esfregando meus seios nos seus,
Aperto sua bunda,
Arranho suas costas,
Como é bom sentir o seu sabor,
Seu cheiro,
Doce feito mel,
Te viro de costas,
Esfrego minha buceta na sua bunda,
Te abraço com uma mão apertando seu seio,
E a outra na sua buceta que já está molhadinha,
Em instantes você goza,
Me faz deitar e chupa minha buceta,
A língua é precisa e logo gozo na sua cara,
“Agora deixa eu roçar minha buceta na sua”
Faço tudo que quiser gostosa,
Nossos lábios se encaixam como se fossem feitos um para o outro,
Duas flores como as do jardim,
Mas de deusas,
Se esfregando molhadas,
Enfim gozamos juntas,
Quase esquecemos de gemer baixinho pra não ouvirem.








