Sabia que hoje, dia 15 de agosto é Dia do Solteiro? Essa comemoração foi criada na China nos anos 90 a partir de uma brincadeira entre universitários para exaltar a vida de solteiros e acabou conquistando comerciantes e empresas ao redor do mundo! Mas o que comemorar? Os solteiros realmente estão felizes ou são pressionados por não ter uma relação que a sociedade espera?
Infelizmente, por trás deste estado civil que poderia ser leve e positivo, com liberdade sexual e afetiva, há muitos estigmas e preconceitos que foram propagados na sociedade com o passar do tempo.
Fora os desafios para encontrar um par, mesmo que seja casual nos aplicativos de relacionamento e até mesmo o desespero que pode levar a experiências negativas. O incômodo é grande e em sua maioria vem de falas machistas, neste texto você vai conferir dados e reflexões sobre todo este preconceito na sociedade e como afeta as pessoas!
Afinal, de onde veio a palavra solteiro?

Solteiro vem do latim solitarius, que significa solitário, isolado, no dicionário a primeira definição é alguém que não se casou. Mas tem um “ainda” supondo que isso deve acontecer algum dia, será que todos precisam se casar? O segundo significado, mostra que no sentido figurado se refere a alguém que sente falta ou carência de algo.
Esse sentido aos solteiros surgiu no passado e é presente até os dias de hoje, não só no dicionário, como na cultura como um todo, antigamente quem demorava a encontrar um parceiro era tratado com desconfiança e desdém. Infelizmente é só observar as relações ao seu redor para perceber que isso ainda existe, mesmo que com intensidade diferente.
Quando realizamos um recorte histórico no período de colonização em diversos países, incluindo o Brasil, percebemos a instituição do casamento se tornar aos poucos quase que uma obrigatoriedade a partir deste processo.
Havia outros formatos de relações, incluindo a poligamia, com maior liberdade sexual, mas com este processo o sexo começou a se tornar algo ilegal e impuro, tornando o casamento a única maneira legítima de construir relações tanto para a igreja quanto para o estado.
Um trecho explica um pouco sobre este período:
As consequências deste período foram inúmeras, tornando até mesmo mais frequente que mulheres fossem raptadas e estupradas, por exemplo, e estão presentes na sociedade até os dias de hoje.
Em pleno século XXI, a sociedade luta para ter maior liberdade sexual, outras formas de relacionamento, segurança (ainda mais quando se diz sobre mulheres e comunidade LGBTQIAP+) e respeito pela própria existência independente do estado civil.
Ser solteiro ou solteira está associado a não ter um casamento, modelo que se tornou norma com o passar do tempo. Mesmo com tantas imposições e preconceitos, hoje em dia as pessoas têm maior liberdade de ter uma vida independente deste estado civil, tendo em vista as mulheres, por exemplo, que viveram por muito tempo sem poder trabalhar (exceto trabalho doméstico), votar, e ter outros direitos que não fossem “autorizados” por um homem, seja pai ou marido.
O amor liderando do cinema ao Spotify

Com uma cultura tão enraizada no ideal romântico é possível observar grande presença disso também nas histórias que são contadas de geração em geração, nas produções cinematográficas e nas músicas. Seja na maioria dos clássicos da Disney, como a Cinderela, em que o príncipe vive em busca da donzela dona do sapatinho de cristal, ou na recente comédia popular “Todos menos você”, o amor fica centralizado na história e traz um final feliz. Colocando quem não encontra o amor eterno num local de infelicidade e incompletude.
Nas músicas a situação não é diferente, basta pensar na temática da maioria delas, um estudo analisou letras de músicas populares de 1960 a 2008 e fez diversas descobertas. Entre elas, notou-se que 71% das músicas faziam referência a um relacionamento amoroso e 57% das músicas usaram a palavra amor como um termo romântico.
Ao observar as músicas atuais em destaque no Top Músicas Spotify Mundo e também no Brasil (observado no dia 25 de julho de 2024), nota-se que a maior parte das primeiras 10 músicas são sobre amor, seja por uma paixão ou por problemas em que ela não pode ser realizada.
Vergonha de ser solteiro?
Com toda essa cultura, as pessoas que fogem da norma estabelecida, no caso o casamento, podem acabar se sentindo invalidadas e constrangidas por não terem alcançado esse objetivo que muitas vezes não foi sequer refletido se faz sentido para si mesmo e sim, reproduzido pelo que a sociedade espera.
O pior é a pressão social, preconceito e até mesmo pena que as pessoas próximas depositam nas pessoas solteiras que acabam sofrendo por tudo isso, podendo causar prejuízos também psicológicos como na autoimagem.
Desta forma, não ter este tipo de relacionamento é visto como um fracasso, sendo que pode muito bem ser uma escolha de vida como qualquer outra. As pessoas podem querer construir um casamento e família tradicional, assim como podem querer ter uma vida independente de compromissos afetivo-sexuais fixos neste formato ou até mesmo serem assexuais, enfim, as possibilidades são infinitas e dependem de muito autoconhecimento.
O aspecto imposto aos solteiros de solidão também é visto como negativo, neste ponto há vários aspectos para se considerar. Primeiramente, não é porque alguém não está num casamento, que vive na solidão, ela pode ter uma vida social, afetiva e até mesmo sexual do que uma pessoa casada.

A crença de que o casamento é encontrar a “metade da laranja”, alguém que te complete e que faça tudo com você, também é perigosa e pode fazer com que os parceiros percam a própria individualidade. Em equilíbrio, estar só faz bem!
Solteirona ou solteirão?
Diversos termos e frases foram criados e propagados com o tempo de forma preconceituosa sobre as pessoas que estão solteiras, “solteirona” (spinster em inglês) surgiu no fim da Idade Média para designar as mulheres que não eram casadas, com menos recursos de conseguir materiais de trabalho já que não tinham marido e teciam lã. Os homens solteiros eram chamados de “solteirão”, conhecidos por ser charmosos, engraçados, independentes e vivendo o melhor de suas vidas.
Um reflexo da sociedade que desde o início do patriarcado colocou os homens no lugar de independentes com poder de ir atrás do próprio estudo e carreira, e a mulher sempre submissa à família. As mulheres fora do casamento de fato não tinham poder sobre as próprias vidas, por isso a sensação de fracasso, enquanto os homens, no aspecto de independência não precisavam do casamento.
Mesmo com tudo isso, os homens não fogem dos problemas do próprio machismo, também há quem veja os “solteirões” como homens infantis, incapazes de cuidar de si mesmo ou até mesmo obcecados por sexo. Ou seja, o preconceito em relação aos solteiros só piora quando somado a outros, como racismo, machismo, homofobia, entre outros.
Desespero sexual: a pressa pode ser perigosa

Algo muito perigoso que é sentido mais por pessoas solteiras, é o desespero sexual. Por não terem parceiros fixos, na maioria das vezes, podem acabar saindo e transando com outra pessoa que talvez nem goste tanto, que desrespeite ou que de outra forma cause uma insatisfação.
Pior ainda quando é com alguém que ofereça risco, como alguém que conheceu online e pode estar disfarçado de criminoso, o ideal é tomar o máximo de cautela e verificar se a pessoa é real, além de optar por encontros em lugares públicos.
Os aplicativos de relacionamento, estão cada vez mais voltados ao sexo, não há problema em optar por encontros casuais e com foco no sexo. Mas seguir apenas os próprios desejos sexuais, pode te colocar em situações perigosas e desagradáveis. Por isso, aproveite com cautela, não deixe de ter prazer a sós e invista no autoconhecimento!
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A mudança está no ar
Apesar de toda cultura enraizada de centenas de anos, provocando consequências até os solteiros da atualidade, há muitos movimentos que estão em alta para mostrar que não é como antes!
Uma mulher na atualidade consegue ir atrás da própria carreira e objetivos independentes de casamento, mesmo que não faça tanto tempo, é comum ver mulheres solteiras com liberdade de criar o próprio destino, mesmo que ainda haja inúmeros desafios.
Novos modelos de relacionamentos têm sido adotados visando a liberdade afetiva e sexual, tirando mais uma vez o protagonismo do casamento, mostrando que ser solteiro é um caminho aberto de possibilidades. Seja a não-monogamia, a agamia, o relacionamento aberto ou as pessoas que não possuem nenhum rótulo de relação.
Que cada dia mais pessoas possam ter liberdade de serem elas mesmas e estarem com quem quiserem, seja afetivamente, sexualmente ou ambos sem precisarem obedecer a nada imposto por outras pessoas. Tudo começa aos poucos, com uma pessoa questionando e parando de reproduzir esse preconceito a outra e assim por diante!
Produtos eróticos para solteiros?

Diversas vezes os produtos eróticos são associados apenas a casais, sendo que existem produtos para todas as pessoas, independente do estado civil ou de terem um par. Eles são produzidos para tratar disfunções e auxiliar as pessoas a terem mais prazer, inclusive as que estão solteiras!
Todo mundo merece vivenciar a própria sexualidade de forma saudável, isso inclui não depender de ninguém para ter prazer. Ter orgasmos, se autoconhecer, ter prazer como um todo deve fazer parte da vida individual das pessoas, então se você é solteiro (a), existem diversos produtos que podem te ajudar a gozar muito!
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