sexo é ótimo e fantástico, mas as relações sexuais devem ser acompanhadas por preocupações e responsabilidades para poderem ser desfrutadas plenamente. É preciso falar sobre sexo e o tema da saúde sexual não deve ser evitado só porque, algumas pessoas, acham desconfortável, certo?

O Dia Mundial da Saúde

Celebrado no dia 04 de setembro desde 2010 surgiu como uma proposta para promover ao redor do mundo uma consciência social sobre a saúde sexual.
A saúde sexual implica viver de forma prazerosa a sexualidade com respeito e informação, sabendo que há direitos, mas também deveres e responsabilidades com a parceria sexual. A compreensão da sexualidade quase sempre é marcada por tabus e preconceitos que impedem a vivência da mesma com prazer e respeito.

A AHF - maior organização global que trabalha para garantir prevenção, diagnóstico e tratamento de HIV e AIDS - defende que a promoção do prazer e dos direitos sexuais estejam presentes nas leis e regulamentos dos países, como parte fundamental do bem-estar de cada pessoa, abrangendo os conceitos de privacidade, integridade física, igualdade e combate à discriminação.

Para celebrar este dia em Portugal, a Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica dinamizou uma ação para alertar para os direitos sexuais, através da criação de um site que aloja “um mosaico de histórias” contadas na primeira pessoa (em texto ou em vídeo), dando conta de situações de privação dos direitos sexuais ou de situações em que a saúde sexual tenha sido posta em causa.

Esta iniciativa pretende criar uma consciência coletiva, e ajudar a perceber que os direitos sexuais estão ainda longe de ser uma realidade.


“Ter direito a dizer que não. Ter direito a dizer “agora não me apetece”. Quantas mulheres tiveram relações sexuais por boa educação? Por elegância? Para não parecer mal? Não se fala do sexo neste contexto. O da delicadeza. (…)”

Discutir sexo, prazer e autocuidado como estratégia pode reduzir o impacto de 1 milhão de novos casos de infecções sexualmente transmissíveis e 4 mil novos casos de HIV que ocorrem todos os dias no mundo, segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS).

Mas o que é saúde sexual?

A Associação Mundial para a Saúde Sexual, declara que a saúde sexual é um estado de bem-estar físico, emocional, mental e social relacionado à sexualidade; não é meramente a ausência de doença, disfunção ou enfermidade. A saúde sexual requer uma abordagem positiva e respeitosa para com a sexualidade e relacionamentos sexuais, bem como a possibilidade de ter experiências sexuais prazerosas e seguras, livres de coerção, discriminação ou violência. Esta organização mundial, reafirma que, para que a saúde sexual seja atingida e mantida, os direitos sexuais de todos devem ser respeitados, protegidos e efetivados.

ISTs e HIV, chave para melhorar a saúde pública

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que em 2020 houve cerca de 374 milhões de novos casos entre as principais IST: clamídia (129 milhões), gonorreia (82 milhões), sífilis (7,1 milhões) e tricomoníase (156 milhões). Por si só, essas IST aumentam o risco de infecção pelo HIV.

No Brasil, segundo a ONU, ao menos cinco pessoas foram infectadas pelo vírus HIV a cada hora em 2021. São 960 mil pessoas vivendo com o vírus no maior país da América Latina, onde 13 mil pessoas ainda morrem todos os anos em decorrência da aids. E, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 1 milhão de pessoas afirmaram ter tido diagnóstico de IST no país em 2020.

São 16 tópicos que defendem, basicamente, o direito a igualdade, não-discriminação, liberdade, informação, segurança, autonomia, integridade e privacidade, entre outros. Conheça a íntegra da Declaração de Direitos Sexuais  (em espanhol e inglês). São eles:

1 - O direito à igualdade e à não discriminação.
2 - O direito à vida, liberdade, e segurança pessoal.
3 - O direito à autonomia e integridade corporal.
4 - O direito de estar isento de tortura, tratamento ou punição cruel, desumana ou degradante.
5 - O direito de estar isento/a de todas as formas de violência ou coerção.
6 - O direito à privacidade.
7 - O direito ao mais alto padrão de saúde atingível, inclusive de saúde sexual; com a possibilidade de experiências sexuais prazerosas, satisfatórias e seguras.
8 - O direito de usufruir dos benefícios do progresso científico e suas aplicações.
9 - O direito à informação.
10 - O direito à educação e o direito à educação sexual esclarecedora.
11 - O direito de constituir, formalizar e dissolver casamento ou outros relacionamentos similares baseados em igualdade, com consentimento livre e absoluto.
12 - O direito a decidir sobre ter filho/as, o número de filho/as e o espaço de tempo entre ele/as, além de ter informações e meios para tal.
13 - O direito à liberdade de pensamento, opinião e expressão.
14 - O direito à liberdade de associação e reunião pacífica.
15 - O direito de participação na vida pública e política.
16 - O direito de acesso à justiça, reparação e indemnização.

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Mas este é o discurso teórico, porque a realidade é muito diferente. A realidade também é a violência sexual e de gênero, a violência doméstica, a violência no namoro, o assédio sexual, situações de homofobia, casamento infantil, e a mutilação genital feminina. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, uma em cada 4 mulheres diz ter sofrido violência sexual por parte de um parceiro íntimo. A violência de gênero é uma violação dos direitos humanos e um dos problemas mais sérios de saúde pública.

Contudo, existem muitas barreiras ao livre exercício dos direitos sexuais e reprodutivos, incluindo obstáculos no acesso a serviços de saúde, a informação e a educação. Subjacente a esses problemas, está a discriminação e a desigualdade.

Cuidar da sua saúde sexual está acerca de exames períodiocos, uso de preservativos, educação sexual, diálogos para romper paradigmas e preservação da sua liberdade sexual. Ter ciência dos seus direitos sexuais facilita reconhecer se de alguma forma está sendo violada - procure saber.

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