Dezembro é mês de confraternizações, finalização dos ciclos, mas também de conscientização sobre o combate a AIDS. Mesmo que hoje não receba a mesma atenção de quando surgiu, o vírus ainda existe e precisa de cuidado constante.
A prevenção é essencial, neste texto vamos reforçar os cuidados, assim como mostrar dados atuais da doença e de como as pessoas soropositivas vivem e possuem mais qualidade de vida do que quando a epidemia começou. Continue a ler este texto da Exclusiva para saber de tudo sobre o assunto!
AIDS: lembrando o que é e como começou
AIDS ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida é o nome que se dá ao estágio mais avançado da infecção pelo HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) que pode ser transmitido por relação sexual sem preservativo, compartilhamento de seringas ou até mesmo pela gestação e amamentação (transmissão vertical).
Tem uma longa história (a linha do tempo detalhada pode ser conferida aqui) desde os primeiros casos relatados em 1981 até o presente com avanços na prevenção, cuidados e tratamento que proporcionam maior qualidade de vida para as pessoas que contraíram. Só entre 1980 e 1990, conforme o Ministério da Saúde, foram notificados 25.513 casos no Brasil, 80% deles em homens.
Os sintomas iniciais podem parecer com uma gripe comum (como febre, dores no corpo e mal estar), depois passa pela fase assintomática que pode durar por vários anos, até chegar na fase crônica com sintomas mais severos (febre, suores, diarreia prolongada, perda de peso sem causa aparente). Depois de todas essas fases o HIV evolui para AIDS, já com o sistema imunológico enfraquecido, permitindo que surjam doenças como tuberculose, pneumonia e câncer (sintomas, testes e orientações completas no site do Ministério da Saúde).
Vale lembrar que nem toda pessoa com HIV tem AIDS — com tratamento adequado, é possível viver muitos anos sem desenvolver a síndrome. Sendo que uma das principais causas da AIDS é a falta de diagnóstico ou abandono do tratamento, por isso é importante sempre manter a prevenção de ISTs com uso de preservativos e também realizar os exames/testes regularmente.
Qual é o número de casos de AIDS 2025?
De acordo com o boletim epidemiológico sobre HIV e Aids publicado pelo Ministério da Saúde de 2023, de 2023 a junho de 2024 o Brasil registrou a menor mortalidade por Aids nos últimos 10 anos, mas em contrapartida, o número de pessoas que testaram positivo para o HIV teve o aumento de 4,5% em comparação a 2022. No total, houve registros de 46.495 novos casos de HIV em 2023 e em 2022 chegaram a 38 mil.
É preciso reforçar constantemente a prevenção deste vírus e de outras ISTs, mas especialistas também dizem que o aumento de casos é devido ao aumento do reconhecimento em fase precoce, o que é positivo para ter um tratamento de melhor qualidade, reduzindo assim, a mortalidade.
Discriminação histórica e lei que protege
A Aids tem um grande histórico de discriminação na sociedade, principalmente de associar a doença a homens gays, quando na verdade qualquer pessoa de qualquer gênero e qualidade corre o risco de ter HIV. O HIV não escolhe gênero, orientação sexual ou classe social — qualquer pessoa sexualmente ativa pode se expor ao vírus.
Os prejuízos para as pessoas que vivem com HIV/aids são inúmeros, além da própria doença que precisam enfrentar, a discriminação pode vir como forma de violência e assédio moral, exclusão social, comentários e fofocas, violência física, dentre outros. Tudo isso pode afetar o diagnóstico, tratamento e também a saúde mental das pessoas afetadas.
A boa notícia é que desde de 2014 existe a Lei nº 12.984/2014 que torna crime qualquer tipo de discriminação às pessoas com HIV/aids no Brasil. Dentre diversos atos de discriminação está o impedimento de trabalho, recusa de matrícula em escolas, separar as pessoas destes espaços sociais, dentre outros.
Além disso também tem a Lei nº 14.289/2022 que garante o sigilo e a proteção dos dados das pessoas com HIV, também com hepatites e tuberculose, sejam em serviços de saúde, estabelecimento de ensino, processos judiciais ou locais de trabalho.
Como é a qualidade de vida das pessoas com AIDS atualmente?
O tempo de vida de uma pessoa com HIV depende de muitos fatores, principalmente de acordo com o tratamento e diagnóstico precoce, cada vez mais as pessoas com HIV estão vivendo até uma idade mais avançada. Dentre os principais fatores que podem afetar a expectativa de vida dessas pessoas estão:
- Adesão a medicação;
- Acesso ao tratamento e cuidados;
- Contagem de CD4 e carga viral;
- Outras condições de saúde;
- Doenças relacionadas ao HIV;
- Consumo de álcool e drogas recreativas;
- Pessoas que injetam drogas;
- Fatores gerais como educação, renda, classe social, estilo de vida...
E você, já sabia todas essas informações sobre a Aids? A informação ainda é a melhor forma de combater o preconceito e o vírus. Continue acompanhando os conteúdos do blog da Exclusiva para entender mais sobre questões de saúde, prazer e sexualidade!









